Estados pedem ao STF prorrogação do prazo para Congresso definir novas regras do FPE
Agência Brasil
Brasília – Governadores dos estados da Bahia, do Maranhão, de Minas
Gerais e do Pernambuco ajuizaram hoje (21) uma ação no Supremo Tribunal
Federal (STF) pedindo a prorrogação do prazo para que o congresso
nacional crie novas regras de distribuição do Fundo de Participação dos
Estados (FPE) e a manutenção dos critérios utilizadas atualmente até que
haja essa atualização.
Em 2010, o Supremo considerou inconstitucionais
os critérios de distribuição e ordenou que o governo federal mudasse a
fórmula até 31 de dezembro do ano passado. O Tribunal não vedou os
princípios gerais de repartição, mas pediu que as tabelas, que são as
mesmas desde o fim da década de 1960, fossem atualizadas. No entanto, o
prazo estipulado pelo STF encerrou sem que o Congresso tenha analisado o
tema.
Na ação, os governadores pedem urgência de julgamento da liminar,
afirmando que a omissão legislativa, se não sanada, poderia inviabilizar
a transferência de recursos do FPE, causando grave desequilíbrio à
economia dos entes federados.
Sem um novo critério de repartição aprovado pelo Congresso, os
estados e o Distrito Federal receberam na sexta-feira passada (18), R$ 774,8 milhões do FPE pela regra antiga, considerada inconstitucional pelo Supremo. O valor se refere à segunda parcela do repasse de janeiro do fundo.
No último dia 8, as unidades da Federação haviam recebido o primeiro
repasse de janeiro pelos critérios antigos. No entanto, o Ministério da
Fazenda alegou que os recursos poderiam ser repartidos da maneira
vedada pelo Supremo porque o repasse se referia aos impostos arrecadados
nos últimos dez dias de 2012. A divisão da semana passada, no entanto,
reflete os tributos obtidos de 1º a 10 de janeiro deste ano.
O Fundo de Participação dos Estados é formado por 21,5% da
arrecadação do Imposto de Renda e do Imposto sobre Produtos
Industrializados. Desse total, 85% são repassados para estados do Norte,
do Nordeste e do Centro-Oeste e 15% vão para o Sudeste e o Sul. O valor
destinado a cada unidade da Federação leva em conta a extensão
territorial, tamanho da população e renda per capita. Quanto mais
populoso e pobre, mais recursos o estado recebe.
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