quarta-feira, 20 de março de 2013

Prefeito de Pedro II renuncia mandato e pede desculpas à população


O prefeito de Pedro II Walmir Rodrigues Café de Oliveira, PSD, acaba de pedir a renúncia do mandato, em carta encaminhada hoje à Câmara Municipal da cidade.
No documento, o prefeito alega que está enfrentando problemas de cunho pessoal e problemas de saúde e que o gestor municipal precisa ter dedicação exclusiva à cidade, e neste momento ele não tem condições, por isso pede seu afastamento.
Na carta, ele se desculpa com a população e pede que os moradores compreendam a sua decisão.
Em seu lugar, assumirá a vice-prefeita, Neuma Maria Café Barroso do PT, que foi ex-diretora geral do HEMOPI (Centro de Hematologia e Hemoterapia do Piauí). 
Neste momento, Neuma Café, encontra-se reunida em sua casa com sua equipe de advogados, e deve se pronunciar nas próximas horas. De acordo com Cláudio Lima, secretário pessoal da nova prefeita, Neuma foi pega de surpresa, e aguarda a comunicação oficial do presidente da Câmara Municipal. 
O vereador Roque Uchôa, presidente da casa, afirmou ao Cidadeverde.com que ainda não leu a carta e foi surpreendido com a notícia. "Foi realmente uma surpresa, nem li a carta ainda e ainda não temos nada oficializado", declarou o vereador.
Segundo o parlamentar, a Câmara agora irá analisar o regimento interno e a lei Orgânica do Município para emitir algum parecer.
Ainda não há previsão de quando deve ocorrer a posse da nova prefeita.

CARTA DE RENÚNCIA 
www.cidadeverde.com/

segunda-feira, 18 de março de 2013

Ministra do STF suspende nova divisão dos royalties do petróleo

Brasília - A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia concedeu medida cautelar (provisória) nesta segunda-feira (18) para suspender a nova redistribuição dos royalties do petróleo, conforme lei promulgada na semana passada pela presidente Dilma Rousseff. O royalty é uma compensação paga pela extração de petróleo.
A decisão do STF impede uma distribuição mais igualitária dos tributos arrecadados entre produtores e não produtores de petróleo tanto de blocos em operação quanto para futuras áreas de produção.
Com isso, volta a valer a antiga divisão, com maior benefício aos produtores, até que o plenário do Supremo decida sobre o tema, o que só deve ocorrer em abril.
Na liminar, a ministra argumenta, em 35 páginas, que a Constituição garante o royalty como compensação ao produtor e diz que uma nova lei não pode ferir o direito adquirido dos produtores. Ela afirma ainda que não se pode beneficiar um estado prejudicando outro.
"O enfraquecimento dos direitos de algumas entidades federadas não fortalece a federação; compromete-a em seu todo. E se uma vez se desobedece a Constituição em nome de uma necessidade, outra poderá ser a inobservância em nome de outra. Até o dia em que não haverá mais Constituição", afirmou.
A decisão foi tomada a partir de ação protocolada pelo governador  do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. Foram protocoladas ainda ações do Espírito Santo, da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e de São Paulo.
As ações foram apresentadas em decorrência da derrubada, pelo Congresso, dos 142 vetos da presidente Dilma Rousseff à Lei dos Royalties. Os vetos impediam que o novo critério de distribuição fosse aplicado sobre contratos em vigor, o que causaria perda imediata de receita pelos estados produtores.
Cármen Lúcia afirma, em sua decisão, que a nova lei causa "riscos". "Pelo exposto, na esteira dos precedentes, em face da urgência qualificada comprovada no caso, dos riscos objetivamente demonstrados da eficácia dos dispositivos e dos seus efeitos, de difícil desfazimento, defiro a medida cautelar", afirmou Cármen Lúcia em sua decisão.
Os processos  foram distribuídos por sorteio para a ministra Cármen Lúcia. Na decisão, ela explica que tomou a decisão sozinha, sem levar ao plenário, por conta da "excepcionalidade" do caso. Cármen Lúcia disse ainda que não teve tempo de analisar as outras três ações propostas.
"A pouco ortodoxia da apreciação monocrática, pelo relator , da cautelar requerida em ação direta de inconstitucionalidade deve-se, exclusivamente, à excepcionalidade da situação e aos riscos decorrentes do aguardo da providência pela instancia natural deste Supremo."
Cármen Lúcia afirmou também que a suspensão da divisão "resguarda" direito dos cidadãos de estados e municípios atingidos pelo petróleo. "Assim se tem resguardados, cautelarmente, direitos dos cidadãos dos Estados e dos Municípios que se afirmam atingidos em seu acervo jurídico e em sua capacidade financeira e política de persistir no cumprimento de seus deveres constitucionais."
A petição do Rio foi assinada por Cabral, pela procuradora-geral do Estado, Lúcia Léa Tavares,  e pelo procurador Luís Roberto Barroso, advogado constitucionalista. Barroso já havia afirmado que questionaria toda a lei, não somente a mudança em contratos em vigor como era esperado.
Após a decisão, Barroso afirmou que a decisão mostra que a Constituição impõe limites à política. "Embora no Brasil atual existam algumas superposições entre o direito e a política, direito e política são coisas diferentes. Política se pauta pela vontade da maioria, mas mesmo a vontade da maioria tem um limite, que é o limite estabelecido na Constituição. A política cria o direito ao elaborar a Constituição, mas depois a Constituição limita a política. E é exatamente isso que aconteceu."
A ministra Cármen Lúcia não informou, na sua decisão, quando levará o tema ao plenário, mas disse que não daria tempo de o Supremo analisar o caso ainda nesta semana, nas sessões dos dias 20 e 21 de março. Como não haverá sessão nos dias 27 e 28 de março, as ações não serão analisadas pelo plenário antes de abril.
Pedido do Rio
A ADI protocolada pelo Rio argumenta, em 51 páginas, que a nova redistribuição fere vários princípios constitucionais: direito adquirido (em relação a mudanças nos contratos em vigor); segurança jurídica (prejudica receitas comprometidas); ato jurídico perfeito (contratos assinados com base na previsão de recebimento de recursos oriundos dos royalties); e responsabilidade fiscal (produziria desequilíbio orçamentário).
Sérgio Cabral anunciou na semana passada, após a derrubada dos vetos, que entraria com ação no STF e que estavam suspensos parte dos pagamentos do Rio até que a Corte decida. O ministro do STF Gilmar Mendes chegou a criticar pressões à corte.
No processo enviado ao Supremo, o Rio afirma que a mudança mesmo nos contratos futuros é inconstitucional porque coloca "no centro das preocupações, não os entes produtores, como determina a Constituição, e sim os estados que não sofrem os impactos e os riscos asssociados à exploração de petróleo". A petição afirma que a mudança seria "punição duplamente injusta" aos moradores de estados produtores porque pode haver piora dos serviços públicos com a queda de receitas.
O texto afirma também que, durante o diálogo para o texto da Constituição, foi feito um acordo para que o pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que é cobrado na origem (onde se faz a compra do produto), fosse feito no estado de destino (para onde o item foi levado) em relação ao petróleo como compensação aos não produtores.
Redistribuição
A nova proposta de redistribuição dos tributos do petróleo – royalties e participação especial – entre União, estados e municípios, aumentaria repasse de dinheiro para estados e municípios não produtores e diminuiria a parcela destinada aos estados e municípios onde há extração.
Hoje, a parte dos royalties destinada a estados e municípios sem extração é de 7% e 1,75%, respectivamente. Agora, segundo a nova lei, tanto estados como municípios passariam a receber 21%. Em 2020, a parcela aumentaria para 27% do total arrecadado pela União.
Estados produtores de petróleo, que hoje recebem 26% do dinheiro, teriam a fatia reduzida para 20% em 2013. Os municípios com extração passarão dos atuais 26,25% para 15%, em 2013, chegando a 4%, em 2020.
A participação especial, atualmente dividida entre União (50%), estado produtor (40%) e município produtor (10%), passaria a incluir estados e municípios onde não existe extração. Neste ano, tanto estados como municípios receberiam 10%. Em 2020, 15%. A nova lei reduz a parcela atual de 40% destinada a estados produtores para 32%, em 2013, e para 20%, em 2020.
No entanto, estados e municípios não produtores deveriam esperar pelo menos dois meses para se beneficiar das novas regras de divisão dos recursos do petróleo. De acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o pagamento de royalties aos estados e municípios é mensal, mas há uma defasagem de dois meses entre extração e distribuição dos recursos. Os percentuais pagos em março, por exemplo, são referentes à extração de petróleo realizada em janeiro.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Manifestante pega fogo durante confrontos


MANAMA, Bahrein - Choques entre manifestantes e policiais deixaram vários feridos nesta quinta-feira nas ruas de Bahrein, no dia do segundo aniversario da entrada de forças sauditas no país. Os enfrentamentos começaram quando opositores tentaram organizar uma greve geral em protesto contra a intervenção das tropas. Um dos opositores chegou a ser tomado por chamas, quando um tiro disparado pela polícia atingiu uma bomba que ele se preparava para lançar.
Desde a noite de quarta-feira, manifestantes conseguiram bloquear várias ruas em alguns bairros e em zonas da capital Manama. Algumas lojas também fecharam as portas.
Há um mês, um jovem de 16 anos morreu nos enfrentamentos. Segundo um ativista de direitos humanos, ele recebeu tiros de escopeta da polícia na cidade de Dih, a oeste de Manama. O principal grupo opositor xiita Al Wefaq confirmou a morte.

terça-feira, 12 de março de 2013

Professora é morta a facadas dentro de escola


SÃO PAULO - O suspeito de esfaquear e matar a professora de português Simone Lima, de 27 anos, na noite de segunda-feira (11), em Itirapina (SP), foi preso na madrugada desta terça-feira (12).  A Polícia Civil trabalha com a hipótese de crime passional, já que ele seria apaixonado pela docente, segundo informações de testemunhas.
O crime aconteceu dentro da Escola Estadual Professor Joaquim de Toledo Camargo. Ainda segundo testemunhas, o suspeito, que é um aluno de 33 anos, entrou na sala dos professores, empurrou um deles e atacou Simone, que não teve tempo de reagir. A vítima chegou a ser socorrida pelo Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu), mas já chegou ao hospital sem vida. O corpo de Simone será velado Velório Municipal de Itirapina e o horário do enterro ainda não foi divulgado.
O estudante, que tem aulas pelo programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA),  foi encontrado pela Polícia Militar às 3h desta terça. Ele estava escondido em um canavial próximo a um resort na zona rural de Itirapina. Com o suspeito, os policiais encontraram a faca usada no crime.
Em depoimento à polícia, ele disse que cometeu o crime porque estava com raiva da Simone. Segundo o delegado José Franciso Minelli, o estudante seria apaixonado pela professora, mas não era correspondido. Ele foi encaminhado para a Cadeia de Rio Claro e deve ser transferido para a Penitenciária de Itirapina.
Professora amiga
Segundo alunos de Simone, ela dava aulas como professora substituta na escola há cerca de três anos. Luciana Acorsi, estudante do 3º ano do ensino médio na escola, disse que a docente era muito querida. "Simpática, explicava a matéria muito bem. Não tinha problema, sempre ajudava, muito amiga. Parecia que ela era parente de todo mundo. A escola perdeu uma grande professora", lamentou emocionada.
A estudante Adrieli Azevedo, também do 3º ano, afirmou que a escola está chocada com o crime. "Ninguém tinha o que reclamar dela. É difícil acreditar que isso aconteceu. A gente espera justiça. A pessoa que fez isso não pode ficar na rua"
Sem aulas
As aulas na Escola Estadual Professor Joaquim de Toledo Camargo foram suspensas por dois dias e só devem ser retomadas na quinta-feira (14). A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo divulgou uma nota durante a noite lamentando a morte da professora.


quinta-feira, 7 de março de 2013


Fifa não tem plano B para o Maracanã

Rio de Janeiro – O secretário-geral da Federação Internacional de Futebol, a Fifa, Jérôme Valcke, disse hoje (7) que não há uma alternativa, um plano B, para o Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã, caso não fique pronto a tempo da Copa das Confederações 2013, em junho deste ano. Valcke disse estar confiante de que a reforma do estádio estará pronta a tempo para a competição.
Segundo ele, o governo do Rio e a construtora Odebrecht garantiram que o estádio será entregue em 27 de abril, a tempo de fazer pelo menos dois eventos testes esperados pela Fifa. “Não há plano B. É por isso que estamos trabalhando para assegurar que o estádio esteja pronto para a Copa das Confederações. Decidimos que haveria seis cidades-sede e colocamos a venda os ingressos. Então, não há possibilidade de mudar isso”, disse Valcke.
De acordo com o secretário-geral da Fifa, o ideal seria que tudo estivesse pronto faltando 100 dias para a Copa das Confederações, mas era esperado que o andamento das obras fosse atrasar. Segundo ele, não há uma grande preocupação em relação à preparação dos seis estádios, mas sim um “nervosismo maior” porque o evento está se aproximando.
Ele disse que ver a foto do Maracanã alagado ontem não foi “uma das melhores coisas”, mas ficou surpreso porque, mesmo com todo o estrago causado pelas chuvas, milhares de operários continuavam trabalhando no canteiro de obras.
Jérôme Valcke está no Brasil para reuniões com organizadores locais da Copa das Confederações para discutir detalhes da operação dos estádios em cada uma das seis cidades-sede (Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Fortaleza).
A competição que servirá de teste vai reunir o Brasil, a Espanha, Itália, e os campeões das copas continentais: Uruguai (América do Sul), México (Américas do Norte e Central), Nigéria (África), Japão (Ásia) e Taiti (Oceania). Mais de 530 mil ingressos foram vendidos e 300 mil estão disponíveis. Pessoas com deficiência têm até 15 de abril para garantir a entrada nos estádios.

PT e PSOL abandonam Comissão de 

Direitos Humanos em protesto à 

indicação de pastor evangélico

Brasília – O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, Domingos Dutra (PT-MA), renunciou ao cargo em protesto à indicação do deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), acusado de homofobia e racismo, para a presidência do colegiado. Todos os deputados do PT e do PSOL também se retiraram da comissão. Dutra se retirou da reunião, antes da eleição do novo presidente do colegiado. A eleição será conduzida pelo membro mais idoso da comissão, o deputado evangélico Costa Ferreira (PSC-MA).
A reunião teve início a portas fechadas. O acesso a manifestantes não foi permitido. Em meio a debates acalorados entre deputados evangélicos e os defensores dos direitos dos homossexuais e negros, o deputado Domingos Dutra (PT-MA) se emocionou. Ele se opôs à decisão do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), de convocar a sessão a portas fechadas para eleição da presidência do colegiado. 
"Nem a ditadura ousou bloquear o acesso do povo esta Casa. Essa comissão não é de evangélicos ou de católicos, mas do povo", disse Dutra que renunciou à presidência da comissão.
O deputado Pastor Eurico (PSB-PE) criticou a postura de Dutra. "Isso é uma comissão de direitos humanos ou de direitos de uns e de outros? Não existe crime antes de ser julgado", pontuou. "Estão praticando o preconceito aos evangélicos. Poderíamos convocar os evangélicos para fazer baderna nessa Casa. Mas nós, evangélicos, não somos de fazer baderna."
O deputado Takayama (PSC-PR) disse que os evangélicos não são contra os homossexuais. “Amamos os homossexuais. Amamos o pecador, mas não as práticas do pecado", disse Takayama.
A deputada Luiza Erundina (PSB-SP) criticou a decisão de impedir o acesso de manifestantes à reunião. "Os espectadores não devem estar entendendo esse episódio que nos remonta a um período triste da nossa história. A questão aqui é política. Não é legal, nem regimental."


Dilma tem 48 horas para 

promulgar lei sobre royalties

BRASÍLIA - A presidente da República, Dilma Rousseff, terá o prazo de 48 horas para promulgar os dispositivos da lei que mudou a distribuição dos royalties que haviam sido vetados anteriormente. 
Os vetos foram derrubados pelos parlamentares na sessão do Congresso que terminou na madrugada desta quinta-feira, 7. O prazo começará a contar a partir da publicação no Diário do Congresso, o que deve acontecer amanhã.
Se Dilma não fizer a promulgação, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) passa a ter as mesmas 48 horas para tomar essa medida. Se Calheiros também não o fizer, a tarefa caberá, então, ao vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC). Depois da promulgação, a lei será publicada no Diário Oficial da União para então entrar em vigor.
O prazo para a promulgação é definido pela Constituição (parágrafo 7º do artigo 66). A ata com a votação que derrubou os vetos está sendo preparada pela Secretaria Geral do Congresso para ser enviada ao Palácio do Planalto. A presidente não tem mais o poder de alterar o resultado. 
Compensação - O presidente em exercício Michel Temer disse que a presidente Dilma Rousseff agiu corretamente quando vetou a distribuição dos royalties do petróleo entre todos os Estados, e que é possível pensar em alguma compensação aos Estados produtores de petróleo agora que o veto foi derrubado pelo Congresso Nacional. 
Temer disse que, juridicamente, é possível a proposta de uma ação de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal por parte dos Estados produtores, Rio de Janeiro, Espírito Santo e provavelmente São Paulo. "A presidente fez o que deveria ter feito. Pode vir a se verificar uma compensação. Não é um compromisso do governo, mas um dos caminhos pode ser a compensação especialmente para o Rio de Janeiro, que vai ter Copa e Olimpíada", afirmou Temer, depois de ministrar uma aula magna para estudantes de Direito, de Administração e de Economia, da Fundação Getúlio Vargas. 
No Supremo - Os parlamentares do Rio de Janeiro e Espírito Santo decidiram que vão entrar com mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a anulação da decisão tomada na sessão desta madrugada do Congresso Nacional.
Os parlamentares alegam que houve violação do processo legislativo, o que fere o direito dos parlamentares. "Foi um atropelo geral do processo legislativo e isso torna a decisão de ontem nula. Pedimos ao Supremo que declare que a decisão foi inválida", afirmou o deputado Alessandro Molon (PT-RJ).
Entre os argumentos, Molon afirma que os vetos foram votados sem que tivesse tido análise prévia de uma comissão mista, e o tempo para os parlamentares defenderem seus pontos de vista na sessão foi reduzido "de forma arbitrária" de 20 para cinco minutos. "A maioria tem de valer sua posição dentro das regras de funcionamento do Congresso. Não é admissível o que foi feito", disse Molon.
Os parlamentares deverão protocolar o mandado de segurança no Supremo por volta das 16 horas desta quinta-feira. 
Entenda o caso - A disputa sobre os royalties começou em 2009 no debate sobre o marco regulatório para a exploração do petróleo do pré-sal. No ano seguinte foi aprovada a chamada emenda Ibsen Pinheiro, que dividia todos os recursos, inclusive do pós-sal, entre todos os Estados e municípios pelos critérios dos fundos de participação. O ex-presidente Lula vetou a emenda.
No ano passado o Congresso aprovou um texto que busca congelar as receitas dos produtores em patamares de 2010 e dividir o restante. A presidente Dilma vetou e optou pela aplicação dos novos porcentuais de distribuição apenas para contratos futuros. É este veto que foi colocado em votação. No projeto, há um trecho que terá de ser alterado futuramente porque os porcentuais adotados a partir de 2017 somam 101% devido a um erro no projeto.

Congresso rejeita vetos de 

Dilma à nova Lei dos Royalties


Brasília - A Secretaria-Geral da Mesa do Senado, que coordena as votações do Congresso Nacional, informou nesta quinta-feira (7) que os parlamentares derrubaram todos os vetos da presidente Dilma Rousseff à nova Lei dos Royalties, que redistribui os tributos pagos pela produção de petróleo. O principal veto mantinha a previsão de receita para estados produtores - como Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo - ao impedir a aplicação imediata de uma fórmula mais igualitária de distribuição para contratos em vigor.
Estavam em análise 142 dispositivos vetados, com votação de cada parlamentar sobre cada um deles. Todos foram rejeitados, segundo a Secretaria. Segundo a secretária-geral da Mesa, Cláudia Lyra, na Câmara, o veto com a menor rejeição teve 349 votos e aquele com a maior rejeição, 354 votos. No Senado, foram 54 votos pela rejeição, 7 pela manutenção dos vetos, 1 voto nulo e 1 abstenção.
Na soma, o veto com menor rejeição obteve 403 votos entre os parlamantares. Para derrubar qualquer veto, eram necessários ao menos 298 votos (257 na Câmara e 41 no Senado).
A apuração dos votos, registrados em cédulas de papel, foi concluída por volta das 4h30 da madrugada e um relatório com a apuração completa ainda será disponibilizado em ata aos parlamentares para verificação exata do resultado sobre cada veto derrubado.
O resultado saiu cerca de 3 horas após o final de uma tumultuada sessão, marcada por tentativas de obstrução pelas bancadas de estados prejudicados. Parlamentares de RJ e ES já anunciaram que vão entrar com ações no Supremo Tribunal Federal para derrubar a sessão, sob a alegação de falhas regimentais durante a votação.
Com a derrubada dos vetos, o Congresso reinstituiu a proposta aprovada no Senado e na Câmara, que prevê uma partilha mais equlibrada dos recursos entre os estados e municípios. O veto de Dilma permitia que essa nova distribuição só se aplicasse para contratos de produção futuros, não aqueles em vigor.
Os municípios e o próprio estado do Rio de Janeiro, por exemplo, que tem a maior produção de petróleo, só neste ano deixaria de receber R$ 3,1 bilhões, segundo levantamento realizado pelo deputado Otávio Leite (PSDB-RJ). Ele diz que a retirada desses recursos é uma afronta ao pacto federativo. "As receitas [do petróleo] já foram incorporadas às receitas originárias. Suprimir abritamente é uma ofensa ao pacto federativo", protesta.
Os recursos advêm de dois tipos de tributos: royalties e participação especial. Os royalties são pagos como forma de compensação por possíveis danos ambientais causados pela extração. Já a participação especial é a reparação pela exploração de grandes campos de extração, como da camada pré-sal descoberta na costa brasileira recentemente.

quarta-feira, 6 de março de 2013



Vocalista do Charlie Brown Jr 




 é encontrado morto em SP


Chorão estava no apartamento onde morava, em Pinheiros.
Causa da morte ainda não foi divulgada..

O vocalista da banda Charlie Brown Jr, Alexandre Magno Abrão, o Chorão, foi encontrado morto em seu apartamento na Rua Morás, em Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo, na madrugada desta quarta-feira (6). Ele tinha 42 anos.
Chorão foi encontrado desacordado pelo seu motorista, que acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A unidade de resgate constatou que ele já estava morto. A Polícia Militar disse ter recebido um chamado às 5h18 para "verificação de morte natural em um apartamento". Chorão morava no oitavo andar do edifício.
No início da manhã, policiais civis e militares e peritos estavam no prédio do cantor. O delegado Luiz Romani, do 14º Distrito Policial, em Pinheiros, disse que ainda não é possível dizer a causa da morte do vocalista. A causa será determinada pela perícia. Romani disse apenas que Chorão estava sozinho em seu apartamento e que o caso será investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
A apresentadora Sônia Abrão, prima do cantor, chegou ao prédio por volta das 8h. A assessoria de imprensa da banda informou ao G1 que Chorão estava de férias e embarcaria para os Estados Unidos nos próximos dias. Ainda segundo a assessoria, o estado de saúde dele era bom.
Cantor foi encontrado morto em seu apartamento, em Pinheiros (Foto: Alex Falcão/ Futura Pressa/AE)Cantor foi encontrado morto em seu apartamento,
em Pinheiros (Foto: Alex Falcão/ Futura Pressa/AE)
O cantor e letrista, que faria 43 anos em 9 de abril, liderava a banda fundada por ele na cidade de Santos, no litoral de São Paulo, em 1992. Em 15 anos de carreira, o Charlie Brown Jr lançou nove álbuns de estúdio, dois discos ao vivo, duas coletâneas e seis DVDs. Ao todo, o grupo vendeu 5 milhões de cópias.
Além de vocalista, Chorão era responsável pelas letras do Charlie Brown Jr e pelo direcionamento artístico e executivo da banda. Em 2005, o trabalho "Tâmo aí na atividade” foi premiado com o Grammy Latino de melhor álbum de rock brasileiro, o que se repetiu em 2010 com "Camisa 10 joga bola até na chuva".
No ano passado, o Charlie Brown Jr. lançou "Música Popular Caiçara", álbum ao vivo que marcou o retorno dos integrantes Marcão e Champignon à banda. Eles haviam deixado o grupo em 2005. As apresentações aconteceram em Curitiba e Santos. A produção do trabalho foi feita por Liminha e os shows contam com a participação de Falcão (O Rappa), Zeca Baleiro e Marcelo Nova. Das 15 faixas do CD, a única gravada em estúdio é "Céu azul".
Chorão foi o único integrante do Charlie Brown Jr que permaneceu no grupo em todas as suas fases. Paulistano, Chorão adotou a cidade de Santos desde a juventude, onde criou a banda. Seu apelido foi dado ainda na adolescência, quando ele não sabia andar de skate e ficava apenas olhando os amigos. Um deles, então, pediu que o jovem não chorasse. Segundo a GloboNews, a infância e a adolescência de Chorão foram difíceis por conta da separação dos pais, que aconteceu quando ele tinha 11 anos. O músico largou a escola na sétima na série.
Carro do IML chega a prédio onde Chorão morava (Foto: Letícia Macedo/G1)Carro do IML chega a prédio onde Chorão morava
(Foto: Letícia Macedo/G1)
O vocalista é também roteirista do filme "O magnata" (2007), do diretor Johnny Araújo, e do longa “O cobrador”, ainda em andamento. Como empresário, administrou marcas de skate, como a DO.CE, fundada por ele em 2009, e viabilizou a realização de grandes eventos de skate no Brasil, além de manter o espaço Chorão Skate Park na cidade de Santos desde 2006.
A estreia do Charlie Brown Jr aconteceu em 1997 com o lançamento do álbum "Transpiração contínua prolongada". O trabalhou conseguiu o certificado de disco de platina ao vender mais de 250 mil cópias e tem como singles os sucessos "O coro vai comê", "Proibida pra mim", "Tudo que ela gosta de escutar", "Quinta-feira" e "Gimme o anel".
Sempre envolvido em polêmicas, Chorão deu uma bronca no baixista Champingnon em pleno show na cidade de Apucarana (PR) no final do ano passado. "Você voltou [para a banda] por causa de dinheiro", disse, no palco. Poucos dias depois, Chorão compartilhou um vídeo ao lado do baixista comunicando que os dois já haviam feito as pazes.
Em 2004, Chorão agrediu Marcelo Camelo, do Los Hermanos, na sala de desembarque do Aeroporto de Fortaleza. Ele foi detido pela Polícia Federal e, mais tarde, processado por Camelo, sendo obrigado a pagar uma indenização por danos morais ao músico carioca.
O próximo show da banda estava marcado para o dia 22 de março, em Campo Grande, no Rio de Janeiro.

sábado, 2 de março de 2013


Operadoras de celulares não podem 

mais cobrar por chamadas sucessivas

Brasília - Começou a valer nesta semana a regra da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) que estabelece que as chamadas feitas de celular para um mesmo número sejam consideradas uma única ligação, desde que o intervalo entre elas seja de até dois minutos entre os mesmos números de origem e de destino. Com a mudança, os consumidores devem ficar mais atentos aos detalhes das contas telefônicas, para verificar se as ligações sucessivas nãos serão cobradas pelas operadoras. Para isso, o usuário deve pedir à empresa a conta detalhada e verificar se existem chamadas para o mesmo número feitas em um intervalo menor que dois minutos.
“Teoricamente, tem que ser considerada como uma ligação só. Infelizmente, é preciso ficar olhando minutos e segundos das ligações realizadas, mas se por acaso houver duas ligações cobradas com intervalo menor que dois minutos, a própria conta comprova que ele foi cobrado de forma errada”, explica a advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, Veridiana Alimonti.  
Se algum problema for constatado, a empresa deve ser procurada e, se não resolver a pendência em até 30 dias, o cliente pode fazer uma reclamação à Anatel, pelo telefone 1331, ou ao Procon de sua cidade.
Segundo Alimonti, a medida surgiu por causa de uma pressão pública em relação ao grande número de quedas de chamadas em ligações de celulares, principalmente nos planos que cobram por cada ligação do cliente e não pelos minutos de uso. Para ela, a medida não resolve o problema das quedas de chamadas, mas deixa de penalizar o consumidor por ter que pagar novamente a ligação. “Embora seja ruim a ligação ficar caindo, o consumidor não vai ser duplamente prejudicado por ter que pagar de novo a ligação, ele só vai ter que fazer novamente a chamada”, avalia.
O tempo de dois minutos para que a ligação seja refeita é suficiente, na avaliação da advogada, especialmente porque os celulares já gravam os números discados, e só é preciso programar para refazer a ligação. “Se a rede não tiver com tantos problemas a ponto de não conseguir refazer a ligação, o tempo é suficiente”.
Segundo a Anatel, a regra das chamadas sucessivas vale para todos os planos de serviço oferecidos pelas prestadoras, tanto os de tarifação por tempo quanto por chamada. No caso de quem paga a ligação por tempo, haverá a soma dos segundos e minutos de todas as chamadas sucessivas. Para quem paga por ligação, as chamadas sucessivas serão consideradas uma só para efeito de cobrança e não poderão ser cobradas do consumidor como ligações diferentes. Não haverá limites para a quantidade de ligações sucessivas. A nova regra vale apenas para ligações feitas de celulares, mas os números de destino poderão ser fixos ou móveis.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Deputado devolve salário extra depositado em sua conta


O deputado Rubens Jr. (PCdoB - MA), abre mão dos salários extra da Assembléia do Maranhão, documento mostra que ele não percebe o 14º e 15º desde do ano passado. Ele disse que fará valer o decreto da câmara federal.
A Câmara dos Deputados votou contra o fim do 14º e 15º salários para os deputados federais e senadores. Queremos que a discussão chegue aqui na Assembleia para também votarmos a favor do fim desses salários.
Desde o ano passado abri mão do 14º e 15º salários. Somente eu e outros 02 deputados deixamos de receber os salários, afirma Rubens Jr..
Deputado disse ainda que fará tudo para que a decisão da Câmara também seja cumprida entre todos os deputados estaduais do Maranhão. "Por engano, em janeiro, o valor foi depositado em minha conta. Pedi, através de ofício, que o valor fosse devolvido." (Segue documento in loco):