segunda-feira, 9 de setembro de 2013

MÚSICO "CHAMPIGNON" É ENCONTRADO MORTO EM CASA COM TIRO NA BOCA


Champignon chega ao apartamento onde o companheiro de banda foi encontrado morto (Foto: Alex Falcão/Futura Press/Estadão Conteúdo)Champignon após saber da morte de Chorão em março. (Foto: Alex Falcão/Futura Press/Estadão Conteúdo)
O ex-integrante da banda Charlie Brown Jr. Luiz Carlos Leão Duarte Junior, conhecido como Champignon, foi encontrado morto com um tiro na boca na madrugada desta segunda-feira (9) em seu apartamento na região do Morumbi.
O baixista tinha 35 anos e era casado. A Polícia Civil investiga a hipótese de que ele tenha cometido suicídio. Vizinhos afirmaram que chamaram a polícia depois de escutar barulho de tiro vindo do apartamento do baixista por volta de 0h30. Policiais militares e uma equipe do Samu foram ao local e já encontraram Champignon morto.
O corpo do baixista foi retirado do apartamento por funcionários do Instituto Médico-Legal (IML) pouco antes das 5h. O caso será registrado na 89º Delegacia de Polícia, em São Paulo.
A mulher do baixista, que estava em casa no momento do disparo, foi levada para um hospital da região em estado de choque.

O corretor de imóveis Alexandre Benaion, 40 anos, que mora no mesmo andar do apartamento do casal, foi o primeiro a chegar ao local. "Eu ouvi um tiro, fui ver o que era e o rapaz já estava caído, cheio de sangue", disse. O corretor disse que ter ficado surpreso com o suposto suicídio, porque o músico aparentava ser uma pessoa tranquila.
Carro do IML leva corpo de Champignon (Foto: Tatiana Santiago/G1)Carro do IML leva corpo de Champignon
(Foto: Tatiana Santiago/G1)
Segundo Benaion, a esposa de Champignon, que se chama Cláudia Campos, está gravida de 5 meses. O casal morava no apartamento, localizado no 10º andar, há cerca de um ano e seis meses.
Após o corpo ter sido achado, Cláudia foi levada para um hospital, em choque. "Ela estava abalada, gritando, não falou nada, só gritava", disse. O apartamento do casal tem três quartos. O corpo foi achado no cômodo onde eram guardados equipamentos musicais.
O sargento da Polícia Militar Ronaldo Moreira disse ter encontrado apenas sinal de que um tiro foi disparado. "Nós entramos (no apartamento) tinha uns vizinhos lá dentro, mostraram para a gente o quarto, entramos e verificamos o Champignor no chão. Muito sangue. Uma arma na mão dele e achamos uma cápsula da arma e um projétil", disse.

"Ela (mulher de Champignon) falou que eles tinham acabado de chegar do restaurante. Ele se fechou no quarto, ela escutou o estampido, o barulho do tiro, e depois foi pedir ajuda para o vizinho", contou o policial.

Segundo o sargento, a arma do crime é uma pistola calibre 380. O policial, em um momento, a PM disse que ele tinha a pistola e outras duas armas. A perícia já esteve no apartamento e levou uma sacola.
Músico Champignon é baixista da banda Charlie Brown Jr. (Foto: Lincoln Chaves/G1)Músico Champignon é baixista da banda
Charlie Brown Jr. (Foto: Lincoln Chaves/G1)
Trajetória
Champignon tinha 35 anos e nasceu em Santos, litoral paulista. O músico lançou vários discos com a banda Charlie Brown Jr, que deixou em 2005, após brigas com o vocalista Alexandre Magno Abrão, o Chorão.
Nessa época, participou de outros projetos, como o grupo Nove Mil Anjos, que tinha Junior Lima (irmão de Sandy) na bateria.
Em 2011, Champignon retornou ao Charlie Brown fazendo com que a banda voltasse a contar com a presença dos quatro integrantes da formação original de 1992: Marcão, Champignon, Chorão e Thiago Castanho, além do baterista Bruno Graveto, que passou a integrar o grupo em 2008.
Após a morte de Chorão, no dia 6 de março deste ano, os membros do Charlie Brown lançaram a banda 'A Banca', que tinha Champignon como vocalista.
A próxima apresentação do grupo seria no dia 21 de setembro em Recife, Pernambuco, com a turnê “Chorão Eterno”, show que homenageava além de Chorão, toda a trajetória da banda Charlie Brown Jr.

Duas perdas no mesmo ano
Em 2013, Champignon perdeu dois companheiros de banda entre março e maio: o parceiro Chorão e o guitarrista Peu Sousa, ex-colega de Nove Mil Anjos, encontrado morto em maio em sua casa, no bairro de Itapuã, em Salvador.
Chorão morreu por overdose de cocaína, enquanto a morte de Peu foi provocada por suicídio, segundo informou na época a Polícia Civil da Bahia.
Ao G1Champignon falou sobre as mortes no dia 6 de maio. "Os dois perderam a fé. Quando perdem a fé, perdem a vontade de viver. Foi mais um dia muito triste", disse o baixista. "Eu acho que as pessoas, em algum momento da vida, perdem a fé. Independentemente se morrem por droga, ou enforcadas. Se perdem a vida sem culpa de ninguém, acredito que em algum momento perderam a fé", acrescentou.
Champignon é encontrado morto em sua casa na região do Morumbi, em São Paulo, na madrugada desta segunda-feira (Foto: Edson Temoteo/ Futura Press/ Estadão Conteúdo)Champignon morava em apartamento no Morumbi (Foto: Edson Temoteo/ Futura Press/ Estadão Conteúdo
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sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Mantida a interdição da Luis Firmino de Sousa




Os moradores comerciantes dos bairros Mutirão, Cinturão Verde, Centro Operário e Vila João Reis protestam há três dias para pedir o asfaltamento das vias de terra da região. Durante o protesto, eles fecharam à Av. Luis Firmino de Sousa na altura do bairro mutirão em três pontos e atearam fogo em pneus, madeiras e papelão.
As constantes manifestações na cidade de Timon vêm se tornando hábito dos moradores, na ausência do poder pública. A população está indo as ruas fazerem reivindicações na ânsia de vêem melhorias seus bairros e ruas.
A população reclama porque há cerca de um mês foram feita a terraplenagem da Avenida Luiz Firmino de Sousa, para a pavimentação asfaltica, até o momento nada de solucionar o problema.
Promessas do ex-deputado e atual de Timon (MA) Luciano Leitoa (PSB), têm irritados os moradores e aliados dos bairros da cidade.
Segundo moradores a poeira causada pelo tempo seco está prejudicando a saúde da população e impedindo a prática do comércio no local.
“Não queremos asfalto de graça. Nós vamos pagar por ele, mas queremos a colaboração da prefeitura”, afirma uma A.J.O, estudante do Instituto Federal do Maranhão (IFMA).

De acordo com os moradores já fizeram o pedido na prefeitura, mas não foram atendidos. 

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Quadrilha explode agência da Caixa em Campo Maior

De acordo com informações preliminares, o bando levou todo o dinheiro dos caixas e ainda baleou um vigilante


Uma quadrilha fortemente armada explodiu, na madrugada de hoje (20), a agência da Caixa Econômica Federal de Campo Maior. O bando levou todo o dinheiro dos caixas eletrônicos da agência, mas o montante ainda não foi informado. Durante a fuga, eles ainda balearam, no braço, um vigilante que trabalhava nas imediações do banco. 
Fotos: Portal Campo Maior 
As Polícias Civil e Militar estão realizando diligências para tentar capturar os suspeitos. Segundo o tenente Deusdeth, os bandidos utilizaram na ação criminosa duas motos e um Fiat de cor branca. Eles teriam fugido com destino a Altos. 
“Foi uma ação toda planejada, eles colocaram dois homens de moto para fechar o quarteirão, e o resto entrou na agência para assaltar os caixas”, disse um dos policiais da cidade.
Um homem já foi conduzido à delegacia. Identificado como Francilei Almeida, ele disse que dirigia um veículo que foi tomado de assalto pela quadrilha na BR-343, entre Altos e Campo Maior.
Francilei relata que foi rendido por cinco homens ainda não identificados e deixado em um matagal.  Ele foi localizado pelos policiais que faziam perseguição aos bandidos. A polícia ainda está checando as informações de Francilei.
O tenente disse ainda que, ao empreenderem fuga, os criminosos ainda chegaram a trocar tiros com a polícia. De acordo com o PM, a ação foi praticada por cinco homens, munidos de pistolas e escopetas.
Fonte: Portal Campo Maior 

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Padre é encontrado morto amarrado a árvore

TERESINA - O padre Lauro de Deus Nogueira Sobrinho foi encontrado morto na tarde desta quarta-feira (14) na comunidade rural Carrasco, zona rural do município de Barro Duro. O local fica próximo à BR-316, rodovia federal que liga a capital Teresina à região Sul do Piauí.
O padre morreu vítima de enforcamento. O corpo foi encontrado por técnicos da Eletrobras amarrado a uma árvore. Não há sinais de violência a não ser os produzidos pela corda.
O carro de propriedade do padre, um Siena de cor azul, estava a 30 metros do corpo. O veículo foi abandonado destrancado e com a chave na ignição. Os documentos e bens da vítima também foram localizados.
Uma estrada vicinal liga a BR ao local onde o padre morreu. A distância é inferior a um quilômetro.
A Polícia Civil instaurou inquérito para investigar o caso. O corpo passa por perícia.
De acordo com o delegado Emerson Almeida, titular da Delegacia de Barro Duro, por hora, nenhuma hipótese pode ser descartada. A polícia inicia os trabalhos investigando duas linhas: homicídio e suicídio.
“Seria leviano afirmar qualquer coisa neste momento. A perícia está trabalhando. Amanhã vamos começar a ouvir as pessoas da região”, adianta o delegado.
O padre Lauro de Deus era coordenador da Pastoral da Comunicação de Teresina. Especialista em assessoria de imprensa, estava à frente de um trabalho de inserção da Igreja Católica nas redes sociais. Além disso, atuava como relações públicas da Arquidiocese de Teresina e apresentava o programa Igreja Viva, na TV Meio Norte.
Envolvido com música, o religioso participava de um concurso pela internet para a gravação de um clipe profissional com qualidade HD. Lauro de Deus era o sexto colocado, com 4,58% dos votos.
NOTA
O arcebispo de Teresina, Dom Jacinto Brito emitiu, na noite desta quarta-feira (14), uma nota sobre a morte do padre Lauro de Deus. O religioso foi enforcado em uma árvore na zona rural de Barro Duro (PI), a 200 km da BR-316.
No comunicado de poucas linhas, Dom Jacinto admite estar tomando de “surpresa e dor” e afirma que a Arquidiocese de Teresina desconhece ainda “a causa desse fato”. Manifestando confiança na Polícia Civil do Piauí, o chefe da Igreja Católica em Teresina avisa que aguardará os laudos periciais para ter certeza da natureza da morte do padre.
Nota da Arquidiocese de Teresina sobre a morte do Pe. Lauro de Deus
Tomados de profunda surpresa e dor, a Igreja de Teresina vem a público lamentar a morte do Pe. Lauro de Deus, do Setor de Comunicação da Arquidiocese. Desconhecemos ainda a causa desse fato! Confiando na competência dos peritos, aguardamos o laudo pericial. Enquanto isso, pedimos as orações de todos por ele e agradecemos a solidariedade com a nossa Igreja e com a família, neste momento de sofrimento.
D. Jacinto Brito
Arcebispo de Teresina

Teresina, 14 de agosto de 2013

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Governo quer 50% do Orçamento Impositivo para a saúde

Brasília - Diante da iminência de aprovação da proposta de emenda à Constituição (PEC) que torna impositiva a execução das emendas parlamentes, chamado de Orçamento Impositivo, o governo quer garantir que 50% do valor das emendas seja destinado obrigatoriamente para a área de saúde. Na Câmara, líderes partidários chegaram a acordo para que esse percentual seja 30%, mas o governo espera que os senadores alterem o valor quando a proposta chegar ao Senado.

“Os senadores se colocaram à disposição para dar continuidade a esse debate. Se é para ser impositivo, nada melhor do que atender ao que as ruas, a população, está nos impondo, que é ter mais recursos para a saúde”, disse hoje (13) a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, após reunião entre líderes da base aliada no Senado e a presidenta Dilma Rousseff.
O governo é contrário à regra da imposição de execução das emendas parlamentares ao Orçamento Geral da União, mas não houve acordo com o Congresso e a votação da PEC deve ocorrer hoje.
“Se vai ser aprovado o Orçamento Impositivo, e a avaliação que temos é que vai ser, o melhor é que desse impositivo, no mínimo metade seja para atender ao que a população mais pede, que é saúde”, argumentou.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Assembleia realizará Painel sobre Reforma Política no próximo dia 16

Os integrantes da Comissão Especial da Reforma Política, reunidos na manhã desta terça-feira (6), confirmaram que o Painel sobre Reforma Política, anunciado no primeiro semestre, será realizado no próximo dia 16 de agosto, no Auditório Fernando Falcão. A reunião preparatória do evento, realizada na Sala de Reuniões da Presidência da Casa, aconteceu nesta terça-feira com a presença dos deputados Marcos Caldas (PRB), Jota Pinto (PEN), Rubens Pereira Júnior (PCdoB), Roberto Costa (PMDB), Edilázio Júnior (PV) e Neto Evangelista (PSDB). Eles decidiram que o Painel acontecerá no dia 16 de agosto, no horário das 9 horas às 16h30, com a presença de palestrantes que irão abrir o debate sobre propostas de reforma política e eleitoral, que serão encaminhadas sob a forma de sugestões ao Congresso Nacional. O presidente da Comissão Especial, deputado Marcos Caldas, informou que já foram convidados para o Painel representantes da Justiça Eleitoral, do Ministério Público, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MA), dos partidos políticos e da classe política em geral. “A nossa idéia é realizar aqui nesta Casa um debate aberto, com ampla participação da sociedade, para a definição de propostas que a nossa Assembleia Legislativa encaminhará, logo em seguida, tanto à Câmara dos Deputados quanto ao Senado Federal”, declarou Marcos Caldas.Os deputados membros da Comissão decidiram que, durante Painel do 16 de agosto, haverá um debate sobre quatro itens: reforma partidária, reforma eleitoral, financiamento de campanha e tipo de voto e duração de mandatos. “Será um evento da maior importância porque iremos trazer para este debate representantes dos mais diversos segmentos da sociedade, de forma que possamos fazer um debate amplo e o mais proveitoso possível de todas estas questões”, salientou o deputado Rubens Júnior. Os integrantes da Comissão decidiram também que serão convidados representantes da Federação dos Municípios do Maranhão (Famem), Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Associação dos Magistrados (AMMA), além de diversas outras entidades e instituições. A Comissão Especial foi criada com o objetivo de discutir a iniciativa de Reforma Política, bem como representar o Parlamento maranhense nas discussões em âmbito nacional.

menino foi à escola após matar pais em São Paulo


A Polícia Militar acredita que o garoto Marcelo Pesseghini, de 13 anos, suspeito de matar os pais policiais, a avó e a tia na Zona Norte de São Paulo e se matar nesta segunda-feira (5), foi à escola pela manhã após já ter assassinado os parentes. O comandante da Polícia Militar, coronel Benedito Roberto Meira, afirmou em entrevista ao SPTV que câmeras de segurança mostram uma pessoa, que seria Marcelo, estacionando o veículo da mãe à 1h15 da madrugada de segunda, próximo ao Colégio Stella Rodrigues, na Rua João Machado . A pessoa sai após as 6h30, com uma mochila nas costas e entra na escola. O vídeo, no entanto, não permite confirmar com exatidão que a pessoa é o garoto.
“A imagem que nós temos é de uma pessoa estacionando esse veículo a 1h15 da manhã e às 6h30 da manhã uma pessoa desce desse veículo, coloca uma mochila nas costas e vai em direção à escola. O que leva a deduzir que essa pode ser o garoto Marcelo”, disse Meira.
Para a Polícia Militar, as mortes dos parentes de Marcelo, em duas casas que ficam num mesmo terreno na Rua Dom Sebastião, na Vila Brasilândia, aconteceram entre a noite de domingo (4) e a madrugada de segunda. Um dos indícios é o fato de o pai de um colega de  escola ter dado carona a Marcelo ao final da aula de segunda. A testemunha prestou depoimento no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e contou que Marcelo pediu para que ele não buzinasse diante da casa porque seu pai estaria dormindo.
O coronel Benedito Meira afirmou que está descartada a possibilidade de vingança. “Nós descartamos possibilidade de retaliação por parte de facção. A casa não estava revirada, não há sinais de arrombamento", afirmou.
Disparo
Andréia Regina Bovo Pesseghini, de 36 anos, o sargento da Rota Luís Marcelo Pesseghini, a mãe da policial militar, Benedita de Oliveira Bovo, de 67 anos, a tia da policial, Bernadete Oliveira da Silva, de 55 anos, e o filho do casal, de 13 anos, foram encontrados mortos em duas casas da família que ficam no mesmo terreno, na Brasilândia. Por volta das 12h, os corpos das vítimas continuavam no Instituto Médico Legal central, na Zona Oeste de São Paulo.
Os corpos devem ser liberados na tarde desta terça e serão velados no cemitério Gethsemani, no km 23 da via anhanguera, em São Paulo. Só Bernadete Oliveira da Silva será enterrada neste cemitério. Os demais corpos serão levados para Rio Claro, no interior do estado, em comboio pela Polícia Militar.
Segundo o coronel Benedito Meira, o menino era canhoto e o disparo foi feito do lado esquerdo da cabeça dele e a arma estava debaixo do corpo do adolescente", falou Meira. No entanto, ele ressaltou que a polícia não descarta que outras linhas de investigação possam aparecer nos próximos dias. No boletim de ocorrência registrado pela Polícia Civil consta que o adolescente encontrado morto "empunhava a arma na mão esquerda, debaixo do corpo".
Nesta terça-feira, Fábio Luiz Pesheghini, irmão de Luís Marcelo, afirmou que o sobrinho não era canhoto. "Pelo que eu sei ele era destro. Eu tenho quase certeza que ele era destro”, disse. Segundo Fabio, o sobrinho era “tranquilo, uma criança normal, que não dava trabalho para os pais, mal saía de casa”. Ele disse desconhecer se o irmão e a cunhada recebiam ameaças.
O adolescente tinha fibrose cística, doença genética que afeta o funcionamento de secreções do corpo, levando a problemas nos pulmões e no sistema digestivo. Segundo o capitão Laerte Araquém Fidelis Dias, do 18º Batalhão da 1ª Companhia da Polícia Militar, na Freguesia do Ó, a cabo Andréia, que era subordinada a ele, recebeu a previsão de que o filho só viveria até os quatro anos. Dias a definiu como uma funcionária exemplar.
"Excelente funcionária, alegre, trabalhadora e esforçada. Mesmo a gente sabendo deste problema do filho - o primeiro parecer médico é que ele viveria quatro anos - ela tinha o astral lá em cima", disse o capitão. Ele afirma ter encontrado com o menino duas ou três vezes, que não aparentava fisicamente ter qualquer problema e o definiu como tímido.
O capitão Dias trabalhava com Andréia há dois anos. Segundo ele, ela estava afastada das ruas por um problema de coluna - a cabo possuía pinos metálicos na coluna e fazia fisioterapia no Hospital das Clínicas. Ele disse nunca ter ouvido relatos de problemas conjugais.
Investigações
O comandante da PM negou que os policiais militares mortos tivessem problemas psicológicos ou mesmo que já tenham sido investigados pela Corregedoria da corporação.

Ainda segundo o comandante da PM, ao menos duas armas foram apreendidas na residência, um revólver calibre 32, encontrado em uma mochila junto com outros pertences do menino logo na porta de entrada, e uma pistola calibre .40, de propriedade da Polícia Militar mas que estava de posse da cabo. "O revólver era da policial, que ficou com a arma do pai, após o falecimento dele", explicou Meira.
O oficial afirmou que foram efetuados ao menos cinco tiros dentro da casa, todos compatíveis com um pistola .40. Apesar disso, apenas exames de balística deverão comprovar se os disparos foram feitos pela pistola encontrada sob o corpo do garoto morto. "O que os peritos apuraram aqui é que não tem nenhum estojo diferente do de .40 na residência."
Além disso, a perícia localizou cinco cartuchos de pistola .40 deflagrados, além de um carregador com outros projéteis não deflagrados e mais um na câmara de disparo da arma, perfazendo um total de 14, justamente a capacidadetotal de um carregador.
Além do exame de balística da arma, um conjunto de provas e perícias deverá ser realizada ainda na madrugada desta terça-feira, segundo Meira. "Por exemplo, o exame toxicológico dos corpos. Será que essas pessoas tomaram algum tipo de medicamento, alguma substância que as deixaram adormecidas?", questionou.
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Cinco são achados mortos em casa de PMs na Zona Norte de SP. Casal de policiais e filho de 12 anos estão entre as vítimas.  (Foto: Edison Temoteo/Futura Press/Estadão Conteúdo)Movimentação policial em frente ao imóvel (Foto: Edison Temoteo/Futura Press/Estadão Conteúdo)

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Mais de 800 mil brasileiros estão 

com os direitos políticos suspensos

Brasília – Levantamento realizado pela Justiça Eleitoral indica que mais de 883 mil brasileiros estão com os direitos políticos suspensos. Eles não podem votar e ser votados, filiar-se a partidos políticos ou exercercargos públicos.
A condenação criminal é a maior causa para suspensão dos direitos políticos, com 657 mil casos, seguida pela incapacidade civil absoluta (143 mil). Quase 77 mil brasileiros no serviço militar estão com os direitos políticos suspensos, assim como 3 mil condenados por improbidade administrativa.
O sistema informa que 1,3 mil pessoas estão com os direitos políticos suspensos sem motivo informado, 272 brasileiros optaram por exercer direitos políticos em Portugal e 187 foram punidos por se recusarem a cumprir obrigações civis, como o serviço militar.
São Paulo tem o maior número de ocorrências, com 232 mil casos, seguido por Minas Gerais (94 mil), Rio Grande do Sul (81 mil), Paraná (70 mil) e Rio de Janeiro (57 mil).

Domingos Dutra chora ao anunciar saída do PT

O deputado federal Domingos Dutra vai sair do PT. O anúncio foi feito durante a edição do movimento Diálogos pelo Maranhão no município de Milagres do Maranhão. Um dos fundadores do partido, Dutra chorou ao relembrar sua trajetória no partido que apoia o grupo Sarney.
“Eu estou saindo do PT daqui a dois meses. Me emociono muito com isso porque vou romper uma história de 33 anos, mas não posso ficar num partido dominado pelo Sarney. Por honestidade e identidade não posso ficar no partido que ajudei a construir vendendo camiseta, vendendo feijoada e andando a pé”, relembrou Dutra.
O deputado relatou também a trajetória que trilhou ao lado de Manoel da Conceição. “A luta de Manoel da Conceição também não foi diferente. O único dos três fundadores do PT vivo. Ele perdeu uma perna quando Sarney foi governador, foi exilado e com toda essa bagagem foi humilhado na reunião do diretório nacional. Sairei do PT para permanecer na luta por um Maranhão mais justo”, afirmou Dutra.
“Com 57 anos de vida, vejo a necessidade de recomeçar do zero. É muito doloroso, mas não tenho condições de permanecer num partido que reza na cartilha do Sarney. Minha consciência não permite, já alcancei o meu limite”, completou o deputado do Maranhão.

Sisutec vai oferecer quase 240 

mil vagas em cursos técnicos

Brasília – O Sistema de Seleção Unificada da Educação Profissional e Tecnológica (Sisutec) vai oferecer 239.792 vagas gratuitas em cursos técnicos. As inscrições estarão abertas de amanhã (6) a 12 de agosto. A seleção dos alunos será feita de acordo com a nota no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Nessa seleção será usada a nota do Enem 2012. O Sisutec foi lançado hoje (5) pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante.
Os candidatos às vagas devem ter concluído o ensino médio. Do total de vagas, 85% são destinadas aos candidatos que cursaram o ensino médio na rede pública ou na rede privada na condição de bolsista integral. As vagas são ofertadas em instituições da rede publica, privada e do Sistema S. Os cursos tem de um a dois anos de duração, com carga horária entre 800 e 1.200 horas-aula. A partir deste mês haverá o início dos cursos, de acordo com o Ministério da Educação.
Mercadante disse que a oferta de ensino técnico profissionalizante é uma alternativa para os estudantes que não vão ingressar no ensino superior e para quem já está no mercado de trabalho e quer se especializar. “Quem já está no mercado de trabalho sabe que se fizer o curso cresce mais rápido, melhora os salários e a carreira. Outros que querem entrar no mercado de trabalho têm uma excelente opção”.
Os cursos com maior oferta de vagas são os ligados à tecnologia da informação, saúde e área industrial. Lideram a lista os de técnico em informática (23 mil), técnico em enfermagem (14 mil), técnico em logística (13 mil), técnico em segurança do trabalho (13 mil) e técnico em redes de computadores (11 mil). Os estados onde há maior oferta são São Paulo (76 mil), Pernambuco (40 mil), Minas Gerais (27 mil), Paraná (17 mil) e o Distrito Federal (8 mil).
A maior oferta de vagas é em instituições privadas, que foram selecionadas de acordo com o desempenho na avaliação da qualidade da instituição e do curso.
A exemplo do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), a oferta de vagas e a seleção dos inscritos serão feitas por um sistema informatizado. As inscrições terminam no dia 12 de agosto e o resultado da primeira chamada será divulgado no dia 14, com matrículas nos dias 15 e 16 de agosto.
O Sisutec é uma modalidade do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), criado em 2011 com o objetivo de ampliar a oferta de cursos de educação profissional e tecnológica.

Tocantins, Maranhão e Piauí registram maior 

crescimento em educação no IDHM em 20 anos

Brasília - Os estados do Tocantins, Maranhão e Piauí tiveram a maior variação no componente educação do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de 1991 a 2010. O Maranhão e o Piauí registraram variações de pouco mais de 78% e o Tocantins apresentou índice de 89% em 20 anos. Os três estados ocupavam as últimas posições do ranking nacional em 1991. Vinte anos depois, o Tocantins passou para a 14ª posição, o Piauí subiu uma - para a 25ª - e o Maranhão, que estava em último lugar, passou para o 19º. O índice da educação, que era classificado como muito baixo nos três casos, subiu para médio.
O IDHM foi divulgado na semana passada no Atlas do Desenvolvimento Humano Brasil 2013, elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. No Brasil, a área da educação teve o maior crescimento relativo, com 129% no período de 1991 a 2010.
O Tocantins passou de um IDHM Educação de 0,369 em 1991 para 0,699 em 2010. Entre os itens que compõem o indicador, a taxa de analfabetismo dos jovens de 15 anos ou mais ainda está abaixo da taxa brasileira, mas passou de 30,12% para 13,09% - no Brasil, a taxa de 2010 é 9,61%. Quanto à escolaridade, a expectativa de anos de estudo passou de 6,36 para 9,8, superando a expectativa brasileira de 2010, de 9,54. O atendimento também melhorou e superou a taxa brasileira de 93,19%. Se em 1991, 65,77% das crianças e jovens tocantinenses de 6 a 17 anos estavam na escola, em 2010 a taxa subiu para 93,86%.
No Piauí, a taxa brasileira de atendimento também foi superada em 2010 - 94,45% das crianças e jovens de 6 a 17 anos estavam na escola, enquanto em 1991 as redes de ensino atendiam a 62,91%. A expectativa de anos de estudo no estado passou de 5,89 para 9,23 anos - abaixo da nacional. A taxa de analfabetismo dos jovens de 15 anos ou mais ficou acima da brasileira. Em 1991, 40,46% não sabiam ler ou escrever, em 2010 eram 22,92%. O IDHM Educação do estado passou de 0,362 para 0,646.
No Maranhão, o IDHM Educação passou de 0,357 para 0,639. A taxa de atendimento de 6 a 17 anos passou de 59,38% para 93,01%, ainda abaixo da brasileira. A expectativa de anos de estudo também ficou pouco abaixo da nacional em 2010, atingindo 9,26 anos, mas apresentou aumento em relação à expectativa de 6,29 anos de estudo em 1991. Há 22 anos, a taxa de analfabetismo no estado era  40,68. Vinte anos depois, 20,87% não sabem ler ou escrever.
"Nesses últimos 20 anos, a educação é responsável por 71% da melhora do IDHM do Brasil", disse na última semana o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Ele reconheceu que a evolução não significa que todos os municípios tenham atingido um patamar satisfatório e lembrou que esses municípios precisam de apoio. "Esses municípios precisam de reforço, acompanhamento e apoio".  
Segundo a diretora executiva do movimento Todos pela Educação, Priscila
Cruz, os dados mostram que o primeiro passo para a conquista do direito a uma educação de qualidade está sendo dado no Brasil. "O que a gente viu foi que nos último 20 anos o país avançou bastante, justamente no [estado e município] que estava atrás. Quanto mais atrás, maior o potencial de avanço", explica.
Ela aponta, no entanto, que a dificuldade do Brasil está em avançar na qualidade da educação, o que não é mostrado em índices como o IDHM. "Não basta a matrícula, tem que garantir qualidade. Nesse passo, que significa uma efetividade total, é que temos tido mais dificuldade em avançar". De acordo com o relatório De Olho nas Metas, produzido pelo movimento, o aprendizado é comprometido conforme o aluno avança.
Nos três estados, a meta de aprendizado em português e matemática não é cumprida no terceiro ano do ensino médio, etapa com o maior gargalo na educação brasileira. A exceção é apenas em português no Maranhão, onde 15,3% dos estudantes têm o aprendizado adequado, e no Tocantins, em que 20,2% estão de acordo com o período.
A meta do Todos pela Educação não é oficial, é calculada para que em 2022, ano do bicentenário da independência, o país assegure a todas as crianças e jovens o direito à educação básica de qualidade. Para isso, 70% ou mais dos alunos devem ter aprendido o que é adequado para a série. Pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do Ministério da Educação, calculado pelo desempenho e pelo fluxo escolar, os três estados superaram a meta para o período.

terça-feira, 30 de julho de 2013

Ministério da Saúde fará 70 mil testes 

para hepatites B e C até sexta-feira

Brasília - Como parte das ações que marcam o Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais, o Ministério da Saúde pretende fazer 170 mil testes para hepatites B e C  até a próxima sexta-feira (2). Com o slogan“Hepatites virais: sem perceber, você pode ter”, a campanha também quer intensificar a vacinação contra a hepatite B, já disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O governo anunciou a ampliação do público que pode receber a vacina contra a hepatite B gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Antes a idade limite era 29 anos, esta semana passou a ser 49 anos. Em 2012, mais de 15 milhões de pessoas foram imunizadas contra a hepatite B. A população deve se informar na Secretaria de Saúde dos municípios onde estão sendo feitos os testes e as imunizações.
A estimativa do Ministério da Saúde é que 800 mil pessoas estejam infectadas pelo vírus da hepatite B e 1,5 milhão de pessoas pela hepatite C. A hepatite, doença que atinge o fígado, pode ser causada por vírus, pelo uso de alguns remédios, pelo consumo de álcool e por doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. Os cinco principais tipos (A, B, C, D e E) são causados por vírus que podem passar de uma pessoa para outra.
Nem sempre há sintomas, mas os especialistas alertam que cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras podem ser sinais da doença.
Pelos dados oficiais da Organização Mundial da Saúde, 1,4 milhão de pessoas morrem por ano em decorrência das diversas formas de hepatite. Apenas 37% dos 126 países analisados pela organização dispõem de estratégias para prevenção e tratamento. O Ministério da Saúde informa que, no Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C.
No Brasil, atualmente, existem vacinas para a prevenção das hepatites A e B. O Ministério da Saúde oferece vacina contra a hepatite B nos postos de saúde do SUS e contra a hepatite A nos centros de Referência de Imunobiológicos Especiais. Não há vacina contra a hepatite C.

Funcionários de 62 aeroportos 

entram em greve nesta quarta

Brasília - O Sindicato Nacional dos Empregados em Empresas Administradoras de Aeroportos (Sina) inicia à meia-noite desta quarta-feira (31) uma greve em 62 aeroportos administrados pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Os aeroportos que serão afetados pela paralisação podem consultados no link http://goo.gl/4NNbPc e inclui os aeroportos de Confins, da Pampulha (Belo Horizonte), de Congonhas (São Paulo), Afonso Pena (Curitiba), de Porto Alegre, Santos Dumont e do Galeão (RJ).
Em abril o sindicato entregou uma extensa pauta de reivindicação à Infraero, que incluía questões econômicas, benefícios, segurança e medicina do trabalho, entre outras melhorias para a categoria. O Sina pede além da reposição salarial, um aumento de 9,5% e a elevação em um padrão da tabela de salários para todos os aeroportuários.
Segundo o sindicato os reajustes salariais ofertados pela Infraero são "infinitamente menores" aos 26% dados aos cargos de direção da empresa. A Infraero apresentou uma contraproposta, na qual concorda com mais de 70 das cláusulas dos trabalhadores. O impasse está na correção salarial e benefícios como auxílio-creche, material escolar e auxílio-funeral.
Em nota, a Infraero diz que respeita a manifestação dos seus empregados e entidades trabalhistas e que tem um plano de contingenciamento "para ser aplicado em caso de necessidade". O plano inclui o remanejamento de empregados, tanto do quadro administrativo como de escala. A intenção é reforçar as equipes nos horários de maior movimento de passageiros e aeronaves, envolvendo ainda os demais agentes que atuam nos aeroportos.
 
Segundo a Infraero, os salários dos empregados estão em dia e a empresa "ainda negocia com o sindicato para chegar a um acordo coletivo que atenda aos interesses do corpo funcional e da Infraero". A nota também desmente a informação de que há salários atrasados e redução de benefícios.

Governo vai liberar R$ 200 milhões para 

projetos de catadores de material reciclável

Brasília – O governo federal irá anunciar amanhã (31) R$ 200 milhões em crédito para fortalecer projetos de catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis. O lançamento da terceira etapa do Projeto Cataforte, com ênfase em negócios sustentáveis e rede solidária, será acompanhado da divulgação de um edital público com as normas para a concessão dos empréstimos, por meio do Banco do Brasil.
Para ter acesso à linha de microcrédito, os interessados deverão apresentar um plano de negócio. Com base no plano, poderão ter acesso ao crédito. Dos R$ 200 milhões, R$ 30 milhões serão não reembolsáveis (sem necessidade de pagamento posterior), disponibilizados como investimento - o que será o caso de capacitação de mão de obra. Em contraponto, empréstimos para capital de giro, por exemplo, deverão ser reembolsados.
Entre as áreas às quais o aporte será destinado estão assessoramento técnico, contabilidade, gestão, técnica de produção, desenvolvimento de tecnologia social e capacitação de recursos humanos. Outro objetivo, segundo o governo, é a entrada das cooperativas no mercado, permitindo que os empreendimentos possam participar de licitações para prestar serviços de coleta seletiva para prefeituras e competir nos serviços de logística reversa e beneficiamento de produtos recicláveis. Na terceira etapa, a expectativa é selecionar 35 redes de cooperativas.
Será criado também o comitê estratégico do programa, com representantes da Secretaria-Geral da Presidência, dos ministérios do Trabalho e do Meio Ambiente, da Fundação Banco do Brasil, da Fundação Nacional de Saúde, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Petrobras e do Banco do Brasil.
O Cataforte existe desde 2009 e tem sido implementado em etapas. A primeira foi destinada à capacitação, assessoramento técnico e planejamento de atuação em rede. A segunda, à logística, em que foram entregues caminhões a catadores. Em ambas essas etapas foram investidos R$ 40 milhões – um quinto do que será disponibilizado na terceira fase do projeto.
“Estamos elevando o patamar [do projeto]. Queremos apoiar de maneira mais global essas redes, com mais aporte de recursos e mais ações”, disse a coordenadora do Comitê Interministerial para a Inclusão Soc
ial e Econômica dos Catadores de Materiais Reutilizáveis e Recicláveis (Ciisc), Daniela Metello, responsável pela articulação do projeto – em parceria com outros ministérios, organizações não governamentais e empresas públicas.
Segundo a coordenadora do Ciisc, quando se pensa em eliminar situações de extrema pobreza no país, tem de ser considerar a condição dos catadores. “É um público em um quadro de exclusão econômica e social muito agravado. Se temos essa intenção [eliminar a extrema pobreza], esse é um público para o qual temos de olhar”, explicou.
Do dia 29 até amanhã (31), políticas públicas para trabalhadores em reciclagem de resíduos sólidos estão sendo discutidas no 1º Seminário Nacional da Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes) do Ministério do Trabalho e Emprego. Na programação, estão previstos os debates sobre inclusão produtiva no setor, integração e apoio às entidades que atuam na área, fomento e fortalecimento de empreendimentos de catadores de materiais recicláveis e estratégias de sustentabilidade das organizações de catadores com a implantação do Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), de 2010.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Ministérios da Saúde e da Educação 

ainda não foram notificados de 

ação contra Programa Mais Médicos

Brasília - Os ministérios da Saúde e da Educação ainda não foram oficialmente notificados sobre a ação civil pública movida pelo Con
selho Federal de Medicina (CFMs) com o objetivo de obter a suspensão judicial do Programa Mais Médicos.
Na ação protocolada no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), sexta-feira (19), à noite, a entidade questiona a dispensa dos médicos estrangeiros de se submeterem ao teste obrigatório de revalidação de seus diplomas quando autorizados a exercer a profissão no país após aderirem ao programa federal.
O conselho federal também questiona a falta de comprovação do domínio da língua portuguesa pelos profissionais estrangeiros e o que classifica como “criação de subcategorias de médicos”, já que os incluídos no Programa Mais Médicos só vão poder trabalhar em determinadas localidades, conforme definido pelo governo federal.
Os ministérios da Educação e da Saúde informaram por meio de sua assessoria que ainda não foram notificados da ação. O Ministério da Saúde, segundo sua assessoria, aguarda a notificação oficial para, conhecendo o teor da ação civil, providenciar sua resposta.
De acordo com a assessoria do Ministério da Saúde, os médicos estrangeiros não vão ser submetidos aos exames de revalidação de seus diplomas porque, caso isso fosse feito, eles automaticamente poderiam atuar em qualquer área da saúde, em qualquer parte do território brasileiro, o que contraria os objetivos do programa: a contratação de médicos estrangeiros se destina a suprir dificuldades das periferias e do interior do país de atrair profissionais de medicina.
Quanto ao questionamento das supostas dificuldades com o idioma que os médicos estrangeiros lidariam, o Ministério da Saúde acrescentou que, ao se inscrever no programa, os interessados devem comprovar que concluíram seu curso universitário em uma instituição de ensino reconhecida pelo governo de seus países e cujas diretrizes curriculares sejam compatíveis com as normas internacionais, além de declarar conhecimento da língua portuguesa. O ministério também garante que os aprovados, mesmo que atuando distantes dos grandes centros, serão supervisionados por uma instituição de ensino superior brasileiro. 
Criado em 9 de julho por meio de medida provisória, o Mais Médicos também estabelece o estágio obrigatório de dois anos no Sistema Único de Saúde (SUS) para alunos que entrarem no curso de medicina a partir de 2015.

Ministério da Saúde publica atualização 

de calendários nacionais de vacinação

Brasília – O Ministério da Saúde divulgou hoje (22) a atualização dos calendários nacionais de Vacinação e de Vacinação dos Povos Indígenas. Em ambos os casos, a publicação no Diário Oficial da União não traz mudanças em relação ao que já é feito atualmente pelos postos de vacinação. Segundo o ministério, a portaria foi apenas uma oficialização de medidas tomadas nos últimos três anos. O calendário anterior é de 2010.
De acordo com o cronograma atualizado, as campanhas de vacinação contra a gripe (Influenza) são direcionadas a crianças de 6 meses a 2 anos, mulheres gestantes e puérperas (que deram à luz em até 45 dias), pessoas com mais de 60 anos, trabalhadores da área da saúde, indígenas e pessoas com comorbidades (duas ou mais doenças interrelacionadas). No caso da poliomielite, o alvo são crianças de 6 meses a 5 anos. O calendário básico de multivacinação para crianças vale para as menores de 5 anos.
O calendário completo, com todas as vacinas, por idade, está disponível na página do Diário Oficial na internet.

domingo, 14 de julho de 2013

Governo estima que 429 mil famílias não têm cisternas no semiárido

Números são do cadastro único de programas sociais do governo federal.

Dilma Rousseff assinou decretos que regulamentam fornecimento de água.

Rosanne D'Agostino e Carolina SanchesDo G1, em São Paulo e em Alagoas
O governo federal estima que 429.630 famílias não têm cisternas no semiárido brasileiro e, em meio à pior seca dos últimos 50 anos, dificilmente têm acesso à água. Os dados fazem parte do cadastro único do Brasil Sem Miséria, utilizado pelo governo para garantir que as famílias extremamente pobres da região tenham água disponível. Na última sexta-feira (5), o governo federal publicou no Diário Oficial da União dois decretos que tratam de programas de abastecimento de água no Nordeste e zonas rurais do país.
Cisternas (Foto: Arte/G1)
O decreto 8.038 regulamenta o Programa Cisternas, que prevê garantias de fornecimento de água para consumo humano e para produção de alimentos. Os beneficiados serão integrantes de famílias de baixa renda da zona rural atingidas pela seca ou que sofram com falta regular de água. O texto altera artigos da norma que criou o Programa Água para Todos e institui dois comitês administrativos, sendo um gestor e outro operacional, ambos formados por integrantes de ministérios e representantes de trabalhadores rurais.
Com o Programa Um Milhão de Cisternas, criado em 2003, o governo pretendia levar cisternas a todas as famílias do semiárido até 2008, a fim de minimizar os efeitos das secas. O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) informa que apoiou a implementação de 584.282 cisternas de placa na região Nordeste, em parceria com estados, municípios e organizações da sociedade civil, número pouco maior que a metade do previsto. Apenas em 2013, foram 37.374 até junho.
Como a meta não foi cumprida, em 2011 foi criado o programa Água Para Todos, com objetivo de entregar 750 mil cisternas até o fim de 2014, com custo previsto de R$ 2,9 bilhões. Até o momento, 320.370 cisternas foram entregues, 42% da meta, de acordo com o Ministério da Integração.
O Água Para Todos é voltado para famílias residentes nas áreas rurais do semiárido, com acesso precário à água, inscritas no Cadastro Social Único do Governo Federal e com renda familiar per capita de até R$ 140 mensais, além de aposentados que vivam exclusivamente da renda previdenciária.
Segundo o cadastro único, cerca de 770 mil famílias se enquadram hoje nessa exigência no semiárido. O Ministério do Desenvolvimento Social diz que há, atualmente na região, 1.134 municípios que possuem cisterna e 43 municípios que estão em fase de contratação – uma cobertura de 97%.
Ainda assim, em razão da seca persistente, mesmo as famílias que possuem as cisternas têm o acesso à água restrito. Segundo o governo, não é possível saber se todas as cisternas estão sendo abastecidas.
"O objetivo é que não [fiquem desabastecidas], mas daqui de Brasília não consigo te garantir isso. Não me pede para botar meu CPF nesse negócio", afirma ao G1 Francisca Rocicleide Ferreira da Silva, diretora do Departamento de Fomento à Produção e à Estruturação Produtiva da Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS.
Morador de Olho d'Água das Flores, no sertão alagoano, pega água emprestado da cisterna da vizinha (Foto: Jonathan Lins/G1 AL)Morador de Olho d'Água das Flores, em Alagoas, pega água de cisterna vizinha (Foto: Jonathan Lins/G1 AL)
Segundo a diretora, o objetivo da cisterna é facilitar o acesso à água pelo acúmulo da chuva, mas com uma seca extrema, ela serve para acondicionar a água recebida pelos carros-pipa. "Ela passa a ser um bem da família. O bem mais importante. Emprega mão-de-obra local, mobiliza a economia, une a comunidade na construção. Por isso nós queremos cumprir essa meta", afirma.
O objetivo é que não [tenha cisterna sem água], mas daqui de Brasília não consigo te garantir isso. Não me pede para botar meu CPF nesse negócio"
Francisca Rocicleide Ferreira da Silva, diretora do Departamento de Fomento à  Produção e à Estruturação Produtiva da Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS
A dependência dos carros-pipa, no entanto, faz com que o governo acredite que, mesmo com as cisternas, muitas famílias estejam sem água. "O carro vai preenchendo as cisternas, vai num lugar, não vai no outro. Tem comunidades muito isoladas. A gente tem uma expectativa de que a partir de outubro deste ano chegue a chuva. Enquanto isso não acontece, não tem como garantir", diz Silva.
Cristina Nascimento, coordenadora executiva da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) no Ceará, afirma que o programa de cisternas é um avanço, mas ressalta que é preciso acelerar o processo. "A cisterna tem um peso muito importante na vida dessas famílias, que são as mais pobres, que mais sofrem. São famílias que moram em áreas com pequenos barreiros, pequenos poços e não têm agua de qualidade para consumo humano", afirma.
"Se essas famílias não têm cisterna, elas não têm onde estocar a água. Além disso, ela é um equipamento que gera cidadania, porque é construída em comunidade, com os próprios meios. Ela tem um peso muito importante", completa.
Segundo Cristina, no entanto, a maior reclamação é a distribuição inconstante de água pelos carros-pipa. "A água chegou, mas não chegou em quantidade. Falta um planejamento dos órgãos públicos."
Cisterna vazia em Alagoas
Em Olho d'Água das Flores, no sertão alagoano, cidade com pouco mais de 15 mil habitantes, os moradores contam que chegam a ficar de uma semana a seis meses sem água. A seca atinge cerca de 40% da população na zona rural.
A dona de casa Creuza Gomes da Silva, 37, tenta buscar água no ‘chafariz’, uma torneira dividida por todos os vizinhos, com os filhos. Desta vez, voltou de mãos vazias (Foto: Jonathan Lins/G1 AL)A dona de casa Creuza Gomes da Silva, de 37 anos, tenta buscar água no ‘chafariz’, uma torneira dividida por todos os vizinhos. Desta vez, ela voltou de mãos vazias na companhia do filho (Foto: Jonathan Lins/G1 AL)
Segundo a Secretaria Municipal de Agricultura, 600 famílias vivem sem cisternas ou água encanada na região. Das 227 cisternas instaladas, apenas 39 cadastradas recebem água dos carros-pipa – 24 pela prefeitura em parceria com a Defesa Civil e outras 15 pela Operação Pipa do Exército. As demais ficam vazias se não chover.
A dona de casa Creuza Gomes da Silva, de 37 anos, moradora do sítio Craíbas, diz que metade das casas tem água encanada, mas que na dela não há nem sequer torneira. Ela busca água no "chafariz", como os moradores apelidaram uma torneira coletiva da rua. "Todo ano é a mesma coisa. Vivo desde que nasci aqui e, nesse tempo, nada muda", diz.
A agricultora Maria Madalena Ferreira Silva, 30, grávida, busca água na cabeça de duas a três vezes ao dia da cisterna da vizinha e guarda nos fundos da casa (Foto: Jonathan Lins/G1 AL)A agricultora Maria Madalena Ferreira Silva, 30,
grávida, busca água na cabeça de duas a três
vezes ao dia da cisterna da vizinha e guarda nos
fundos da casa (Foto: Jonathan Lins/G1 AL)
Quando falta água no "chafariz", os filhos vão buscar em uma barragem que fica a cerca de 1 quilômetro dali. Mas dura pouco. "Pego alguns baldes de água pela manhã e à tarde já estamos precisando de novo", relata.
A água serve para a família beber, lavar louça e tomar banho. A pequena horta de feijão secou. "Falta água, comida, mas a gente se vira. Um ajuda o outro."
É a pior seca em mais de 50 anos. Antes ainda chovia, mas este ano a chuva é pouca. A última vez foi há mais de trinta dias"
Ana Paula Rodrigues Fernandes, secretária municipal de Agricultura de Olho d'Água das Flores (AL)
Perto dali, a agricultora Maria Madalena Ferreira Silva, de 30 anos, grávida, vive com o marido em uma pequena propriedade rural. Ela toma água da cisterna da vizinha, que leva em baldes na cabeça de duas a três vezes por dia. "Agora que estou com oito meses, trago pouca água", conta.
O pequeno poço escavado ao lado da casa está vazio. "Só serve para acumular sujeira que as pessoas passam e jogam. Construímos para encher de água, mas isso nunca aconteceu", diz ela.
"Este ano foi muito pior. Até o feijão que plantamos no quintal não vingou. Não sei como vai ser se isso continuar", conta Madalena sobre a seca, "mais severa". Ela diz não ter esperanças de ter água encanada ou uma cisterna em casa. "Não sei nem a quem pedir isso."
"A gente cadastra algumas cisternas e os vizinhos vão buscar lá. Foi a maneira que encontramos de suprir a necessidade de todos", afirma a secretária municipal, Ana Paula Rodrigues Fernandes. "É a Defesa Civil quem faz esse abastecimento. Se não fosse assim, não teria como. É a pior seca em mais de 50 anos. Antes ainda chovia, mas este ano a chuva é pouca. A última vez foi há mais de trinta dias."
Indústria da seca
Outro problema apontado pela ASA é a preferência do Ministério da Integração por cisternas de "plástico", pré-fabricadas de polietileno, em vez das de placa, entregues pelo MDS, construídas com cimento. "Isso beneficia grandes grupos. Como o governo faz opção por uma cisterna que não gera renda e custa duas vezes mais? É a reedição da indústria da seca", critica Cristina.
Segundo a coordenadora, as cisternas de plástico são "pronta-entrega", mas acabam estocadas em galpões porque não há mão-de-obra para entrega. "Compram em nome dessa pretensa agilidade, mas elas não estão nas casas das famílias. Já chegam deformadas porque não aguentam o calor. Por enquanto não conseguimos barrar isso", diz. "Com uma de plástico guardada, construímos duas de placa. Demora mais, mas vale mais."
Agricultora mostra cisterna que só enche com a água da chuva, já que não é cadastrada para abastecimento. (Foto: Jonathan Lins/G1)Agricultora mostra cisterna que só enche com a
água da chuva, já que não é cadastrada para
abastecimento (Foto: Jonathan Lins/G1)
Em nota, o Ministério da Integração informa que não apenas vai continuar usando as cisternas de plástico, como também vai ampliar a implantação no segundo semestre de 2013. “As cisternas de polietileno não deformam ou derretem em função de altas temperaturas”, diz a pasta em nota.
Segundo o ministério, o custo da cisterna de placa é entorno de R$ 2.200 e da cisterna de polietileno é de R$ 5.090. Mas diz que a de polietileno, com 16 mil litros de água para atender uma família de cinco pessoas por até seis meses, tem tempo de vida útil de mais de 30 anos, podendo ser implantada em um dia.
“A construção e instalação das cisternas são coordenadas por comitês municipais, que incluem treinamento e capacitação dos beneficiários”, diz o Ministério da Integração Nacional. “As cisternas que, por ventura, apresentarem defeitos de fabricação estão sendo imediatamente substituídas, conforme contrato, sem custos para o governo federal e os beneficiários do programa.”
Em Olho d'Água das Flores, busca por água é diária. A moradora Creuza e os filhos voltaram de mãos vazias da torneira coletiva. (Foto: Jonathan Lins/G1 AL)Em Olho d'Água das Flores, busca por água é diária. A moradora Creuza e os filhos voltaram de mãos vazias da torneira coletiva. (Foto: Jonathan Lins/G1 AL)
Busca ativa
Segundo o governo, o programa Água para Todos tem como objetivo garantir o amplo acesso à água para as populações rurais dispersas e em situação de extrema pobreza, para o consumo próprio e para a produção de alimentos e a criação de animais.
Segundo a diretora do MDS, quando o cadastro for finalizado, com entrega de cisternas a todas as famílias, deve ser iniciada uma busca ativa por aquelas que não se cadastraram para receber as cisternas.
"O governo considera que as ações do programa a partir do cadastro estabelecem uma finalização da extrema pobreza no acesso à água", afirma.
Além das cisternas de consumo e de produção, o governo também informou que está implementando sistemas coletivos de abastecimento para consumo humano, pequenos sistemas de irrigação e pequenas barragens de água pluvial. O investimento total previsto é de aproximadamente R$ 4,7 bilhões.
Para a coordenadora da ASA, se a meta de cisternas para consumo humano for cumprida em 2014, o próximo passo deve ser garantir água para produção, chamada "segunda água". "É fazer essas famílias poderem produzir seu próprio alimento, convivendo com o que o semiárido tem a oferecer", conclui. http://g1.globo.com/
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